Estilo na Estrada Molhada: Jaquetas para o Calor e as Chuvas de Outubro

Outubro chegou, e com ele o calor da primavera brasileira, misturado às garoas (ou tempestades) que aparecem sem aviso. Já peguei incontáveis chuvas na estrada e nessas horas que pensamos em como o equipamento certo faz a diferença numa jornada. Mas, como rodar com estilo e ainda protegido não só dos perigos da estrada, mas, no caso, também da mãe natureza. 

A preparação é um ato de cuidado, e vejo na escolha de uma boa jaqueta não só proteção, mas uma extensão do estilo clássico que carregamos na estrada.

Pilotar no calor úmido e nas chuvas de outubro exige versatilidade. O Brasil não perdoa: num momento, você está derretendo a 35 graus; no outro, enfrentando uma enxurrada. Jaquetas com sistema mesh são a resposta – malhas respiráveis que deixam o ar fluir, combinadas com forros impermeáveis destacáveis para trocas rápidas. Pense em modelos como a Alpinestars Andes V3 Drystar, ou a Dainese Ignite Air Tex, mas elas têm aquela cara de tiozão aventureiro e definitivamente não combinam com nosso estilo.

Uma opção que já adquiri nessa linha, mas um pouco mais discreta e bem versátil foi a jaqueta Royal Enfield Khardungla V2. Ela é mais clássica e possui dois forros: um impermeável e outro para frio, tornando-a uma boa opção para meia estação, mas aqui estamos falando de calor, porque eu sofro bastante nessa época.

Minha escolha, porém, foi a Triumph Braddan Mesh – e não é só por pilotar uma Bonneville. É basicamente a jaqueta que tenho usado quase todos os dias nessa época. Sol forte pela manhã, garoa à tarde, e a jaqueta responde como se lesse o céu. O tecido todo furadinho, mesh, mantém a ventilação, evitando aquele suor colante que acaba com o prazer de pilotar, enquanto o forro TriTech destacável (zípper simples, sem drama) bloqueia a chuva sem pesar. 

O design é vintage: preto matte, painéis acolchoados de couro nos ombros e um detalhe de couro no peito que lembra as jaquetas dos anos 60. Os protetores D3O LP1 (ombros e cotovelos, CE EN 1621-1) são discretos, mas eficazes, com espaço para um D3O BP4 nas costas. 

Zonas de stretch flex e ajustes na bainha garantem mobilidade, e o colarinho de corredor não irrita no pescoço, mesmo após horas no ride.

A Braddan transita da estrada para a cidade com facilidade e combina com jeans (confesso que não ligo muito para molhar as pernas se já estiver voltando para casa). Aprecio como ela protege sem sacrificar o estilo, seja numa saída curta com a família ou numa viagem mais longa. É como surfar: você precisa de algo que flua na calmaria e resista na tempestade.

Para o rider montando o guarda-roupa de outubro, escolha jaquetas mesh com forro destacável e protetores CE – remova o forro no calor, adicione na chuva, e nunca abra mão da segurança. 

E você, leitor? Qual peça te mantém firme nas estradas molhadas? Compartilhe nos comentários – vamos construir essa comunidade de riders que encara o tempo com estilo.